Sargento do Batalhão de Choque morre e soldado fica ferido em confronto na Rocinha agora no fim do dia
Autoestrada Lagoa-Barra, que ficou cerca de uma hora e meia fechada, é liberada.
POR CÉLIA COSTA / ELAINE NEVES / RAYANDERSON GUERRA
RIO – O sargento Anderson Luiz Rosa da Conceição morreu após ser baleado durante confronto com traficantes na Rocinha, na Zona Sul do Rio, na tarde desta quarta-feira. O Sgt Anderson tinha 40 anos, estava na Corporação há 16 anos e deixa esposa e quatro filhos. Além do sargento, o soldado Jandré Dias Silva ficou ferido na ação. Ele foi atendido e liberado pelos médicos. Devido ao intenso tiroteio na região, a Autoestrada Lagoa-Barra ficou cerca de uma hora e meia fechada. A via foi liberada por volta das 18h20m e, segundo o Centro de Operações da prefeitura, às 18h45m o tráfego ainda apresentava lentidão, tanto em direção à Barra quanto para o Leblon, nos acessos ao Túnel Acústico e na chegada à Avenida Niemeyer. Uma opção entre a Zona Sul e a Barra é usar a Linha 4 do Metrô.
Além dos militares, um morador foi atingindo no pescoço e socorrido por vizinhos para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, o homem foi ferido de raspão e já recebeu alta.
Segundo o Centro de Operações Rio, devido a interdição na Autoestrada o desvio é feito pela Avenida Niemeyer. Em seu perfil no Twitter, a PM alerta sobre o confronto entre policiais do Batalhão de Choque e criminosos e pede que, se possível, a região deve ser evitada. Policiais Militares do Bope dão apoio a ação. Até o momento, ninguém foi preso.
Um helicóptero do Grupamento Aéreo-Móvel (GAM) foi acionado para a Rocinha para dar apoio aos policiais.
Em seu perfil no Twitter, a PM alerta sobre o confronto entre policiais do Batalhão de Choque e criminosos e pede que, se possível, a região deve ser evitada.
Nas redes sociais, moradores reclamam da rotina de tiroteios na comunidade:
“Deus toma conta abre tuas mãos pra rocinha senhor acalma esse povo senhor”
“Meu Deus. Não temos paz”
“Obrigada senhores policiais que resolveram subir a favela quase no horário de buscar as crianças na creche, por acabar com minha folga e a ilusão de que eu conseguiria sair.”
“Vários pipocos estalando na Rocinha. Que os Orixás protejam meus manos e manas que sobrevivem lá.”