Caso Marielle: Polícia Civil oferece proteção à testemunha que citou participação de vereador e miliciano no crime

Homem será levado para local seguro após revelações. Jornal O Globo publicou depoimento que implicou Marcello Siciliano e Orlando da Curicica, já preso, em duplo homicídio.

Por Henrique Coelho, G1 Rio

Polícia Civil ofereceu, nesta quarta-feira (9), proteção à testemunha que aponta a participação do vereador Marcello Siciliano (PHS) e do ex-PM Orlando Oliveira de Araújo no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março passado. A testemunha aceitou a oferta e já está sob os cuidados da polícia.

Segundo informações da Polícia Civil, a testemunha será levada para local seguro.

Nesta terça feira (8), o jornal O Globo revelou que uma testemunha que trabalhava para a quadrilha contou, em três depoimentos à Divisão de Homicídios, que o vereador e o miliciano Orlando planejaram matar a vereadora. As informações foram confirmadas pelo G1.

Assassinato de vereadora carioca Marielle Franco provocou debate sobre direitos humanos nas redes sociais (Foto: Renan Olaz/CMRJ)

Assassinato de vereadora carioca Marielle Franco provocou debate sobre direitos humanos nas redes sociais (Foto: Renan Olaz/CMRJ)

A testemunha contou em depoimento sobre ameaças feitas pelo ex-PM Orlando Oliveira de Araújo , o Orlando de Curicica, após sua prisão, em outubro de 2017, e que trabalhava para o miliciano em comunidades dominadas por ele.

Orlando Oliveira atua, segundo investigações da Polícia Civil, em comunidades da Zona Oeste da cidade. Ele está preso desde outubro do ano passado por homicídio, organização criminosa e porte de arma de fogo.

Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes foram mortos na noite de 14 de março, no Estácio, no Centro do Rio. A polícia sabe que foram utilizadas munições de calibre 9 mm de uma submetralhadora. Uma reconstituição está marcada para a noite desta quinta-feira (10).

G1

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