Apresentador Luiz Gasparetto morre aos 68 anos
Filho da escritora Zibia Gasparetto, 91
Morreu nesta quinta-feira (3), aos 68 anos, o apresentador, médium, escritor e terapeuta espiritual Luiz Gasparetto. Ele revelou que sofria de câncer de pulmão em fevereiro deste ano. A morte foi divulgada na página de Gasparetto no Facebook.
“Luiz Gasparetto, o homem que deixa na Terra, seu legado de espiritualidade. Foram mais de 30 livros publicados, milhares de palestras em diversas cidades do mundo, muitas vidas e corações tocados por seus ensinamentos, e ele gostaria que você se lembrasse de que, melhorar o mundo, começa com a melhora de si mesmo. Faça acontecer! No mundo espiritual, tudo tem começo e meio. O fim só existe, para quem não percebe o recomeço. Nosso espírito é eterno. Feliz recomeço, Gaspa!”, diz a publicação.
Filho da escritora Zibia Gasparetto, 91, e que também está internada, Luiz Antonio Alencastro Gasparetto apresentou na RedeTV! o programa “Encontro Marcado”, com brigas familiares que ele tentava solucionar. A atração foi ao ar entre 2005 e 2008.
Com quase cinco décadas de experiência, Gasparetto começou a carreira aos 13 anos, quando apareceram os primeiros sinais de mediunidade. Ele publicou mais de 30 livros relacionados a espiritualidade e autoajuda e vendeu mais de 1 milhão de exemplares, segundo seu site oficial.
Em fevereiro, Gasparetto revelou lutar contra um câncer no pulmão. Em vídeo publicado no Facebook, reapareceu mais magro, desabafou sobre a “escuridão” que trouxe a doença e disse não ter medo da morte.
“Não estou triste nem abatido. Estou diagnosticado fisicamente com câncer no pulmão. Eu não tenho medo de morrer, porque convivo com fantasmas o dia inteiro, como vou ter medo de morrer? A única coisa é essa escuridão na minha vida, que me apareceu tão forte e me desafia. Muda tudo. Você reavalia tudo: a comida, como as pessoas agem, meu trabalho, meu amanhã”, afirmou.
“Morrer não significa que essa escuridão não vai seguir comigo. Morrer não é a solução. Deixei de alguma forma minha ignorância penetrar em mim um ressentimento, por exemplo. Não tanto com pessoas, mas com a vida”, continuou o apresentador, que disse ter tomado até morfina para aliviar as dores. Brincalhão, ele chamou o tratamento de “chiquérrimo”.
“Não tenho medo de morrer, mas claro que não quero a dor. Hoje, entendi que não. Quanto mais entendi que não, mais a dor foi embora. Vocês sabiam que eu não estou com nenhuma dor nem estou tomando remédio? Porque já tomei até morfina nessa coisa toda. É chiquérrimo tomar morfina, nunca tinha tomado, tão incrível o poder, mas é uma droga terrível. Ela aplaca a dor. É uma experiência incrível, mas ao mesmo tempo é estar ali completamente sem poder, completamente dependente, impotente”, descreveu.
Gasparetto negou sentir culpa pela doença: “Percebi que não estava errado amar, mas os canais com que eu expressava o amor. Você tem que esperar ter um câncer como eu para voltar a reassumir a sua alma como ela é e rever esse seu canal? Eu estou nesta prova. A coisa é séria, viu? Não brinca com isso, não. Também não brinquei, fiz o que eu sabia. A culpa só piora, deprime, deplora. Culpa é escuridão, não é luz. Mas não percebia que eu alimentei minha escuridão, ficou preta, sólida aqui dentro. Eu a vi quando vi a chapa do pulmão esquerdo cobrindo o coração. Ficou real. Eu a fiz ficar real”. Com informações da Folhapress.