A tecnologia é uma grande aliada da sociedade, porém, não se pode esquecer que existem inúmeros tipos de crimes na internet que podem gerar consequências drásticas para empresas e pessoas físicas. Foi isso que aconteceu em Campos nos últimos dias. Duas empresas da área de saúde tiveram dados sequestrados por hackers durante o último final de semana. Para devolução das informações, eles exigem R$ 30 mil em biticoins, uma espécie de moeda digital. A informação foi publicada pelo blog Na Curva do Rio, da jornalista Suzy Monteiro, hospedado no Folha 1, que também sofreu ataques no servidor do site. Os crimes cibernéticos têm acontecido com frequência e são difíceis de serem solucionados. A delegacia especializada mais próxima de Campos, por exemplo, fica no Rio de Janeiro.
Os crimes cibernéticos referem-se a todos os delitos cometidos utilizando computadores ou internet, por meio de uma rede pública, privada ou doméstica. Os objetivos destes crimes são diversos e variam de acordo com os interesses do infrator. Além disso, as formas de cometer também são diversas e podem atingir apenas um usuário, vários usuários ou inclusive um sistema de redes completo.
Somente no folha1.com.br, segundo o consultor Luiz Lopes, foram 2.600 tentativas de invasões impedidas pelo sistema de segurança. “Nós temos mecanismo de proteção, que são algumas diretrizes de segurança implantadas. Quando um leitor acessa o nosso site existe uma ‘claude’ que tem uma proteção. Mesmo assim, o site chegou a ficar lento, o acesso ficou prejudicado. Identificamos a tentativa de invasão por zona e a maioria veio do Brasil. A invasão foi concentrada em Campos, por isso tivemos consequências, mas hoje está tudo sob controle”, informou o consultor.
O gerente de informática do Grupo Folha, Luís Vasconcelos, disse que o servidor do Folha 1 foi alvo de ataque de hackers recentemente, mas uma ação interna impediu o roubo dos dados. “Dificilmente conseguimos descobrir quem foi o responsável pelo ataque. Aqui na Folha, por exemplo, o servidor é acessado por inúmeras pessoas. A sorte é que conseguimos impedir que os dados fossem ‘sequestrados’”, informou.
Em Campos, duas empresas da área de saúde também tiveram os dados hackeados e registraram ocorrência na 134ª Delegacia do Centro, que encaminhou os casos para a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no Rio de Janeiro. “Quando o assunto é específico e complexo como esse a gente envia para a DRCI, que lá eles têm métodos de investigar e apurar os fatos com mais procissão”, informou o delgado titular da 134ª DP, Geraldo Rangel.