Quadrilha usava ‘dublês’ para fraudar o auxílio-doença

As ações criminosas já ocorriam a pelo menos 10 anos, e o valor desviado da Previdência Social pode ultrapassar os R$ 60 milhões

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Pessoas que erram a data de nascimento ou não são capazes de dizer o nome correto da mãe em uma consulta médica? Fraude! Com autorização da justiça, uma operação da Polícia Federal gravou golpistas tentando adulterar o auxílio-doença.

De acordo com reportagem do Fantástico, exibida neste domingo (29), o esquema funcionava da seguinte forma: uma pessoa que queria o auxílio do INSS, mesmo sem ter qualquer doença, contratava os serviços da quadrilha. Os impostores recebiam, então, documentos falsificados e atestados médicos fraudulentos.

Os “dublês do crime” se passavam por clientes e mentiam estar doentes. O objetivo era enganar os médicos para receber o benefício. Um deles diz ter ganho R$ 300.

Segundo a polícia, a chefe da quadrilha é a técnica em enfermagem Vivian Bazella, que recrutava pessoas desempregadas para serem “dublês”. Por ter experiência na área, a líder do grupo ajudava a montar os disfarces e conseguia os exames fraudados.

O dinheiro do benefício era dividido entre os integrantes da quadrilha e os dublês. Conforme investigações policiais, as ações criminosas já ocorriam a pelo menos 10 anos, e o valor desviado da Previdência Social pode ultrapassar os R$ 60 milhões.

A Polícia Federal ainda busca saber quantas pessoas se favoreceram da fraude e tenta recuperar o dinheiro desviado.

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