Advogado cria app para ajudar dependentes de álcool e drogas

Plataforma oferece 1.200 endereços de entidades que prestam assistência a essas pessoas

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O anonimato é uma das garantias que dependentes de álcool e drogas buscam ao pedir ajuda. Sabendo disso, o advogado Paulo Leme Filho, de 46 anos, desenvolveu um aplicativo que oferece 1.200 endereços de entidades que prestam assistência a essas pessoas no Estado de São Paulo. Lançada neste mês, a ferramenta “Eu me Importo” mostra as instituições mais próximas utilizando como base CEP ou endereço e também a localização da pessoa.

Leme Filho é um conhecedor do tema. Está há 21 anos em abstinência e acompanhou o vício do pai, que está há 29 anos sem beber. O advogado reuniu a experiência que ele e o pai, que está com 77 anos, tinham com o vício e, juntos, escreveram o livro “A Doença do Alcoolismo” (Scortecci Editora), que foi lançado em 2015. A partir do livro, pai e filho começaram a fazer palestras gratuitas em escolas e montaram a ONG Movimento Vale a Pena.

Em suas palestras, Leme Filho costuma se deparar com muitas dúvidas e diz que as pessoas não se sentem à vontade para conversar e pedir informações sobre os grupos de ajuda para dependentes de álcool e drogas. Por essa razão, ele resolveu desenvolver o aplicativo, que funciona como uma fonte para quem busca um desses endereços. “O objetivo é unificar os grupos em um aplicativo anônimo, porque, fora desses grupos, é muito difícil largar o álcool e as drogas. A partir do momento que se entra no universo da recuperação, as coisas começam a caminhar. O aplicativo é um grande conector de 1.200 endereços de entidades no Estado de São Paulo.” Além da localização, o app informa dias e horários das reuniões.

Alcoólicos Anônimos (AA), Narcóticos Anônimos (NA), Amor-Exigente e Associação Antialcoólica do Estado de São Paulo estão entre as entidades indicadas pelo aplicativo. Não é preciso pagar para usar a ferramenta. Basta fazer o download. “Paguei, do meu bolso, R$ 10 mil para um amigo desenvolver o aplicativo. Estava para morrer na rua, sem nada, e, hoje, tenho uma vida boa. Recebi tudo isso de graça, então, não tem motivo para cobrar.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo. 

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