Alvo da Lava Jato, Jaques Wagner reaparece e nega afastamento do PT

Ex-governador, que estava cotado para ser plano B do partido na corrida presidencial, em caso de ausência de Lula, participou de ato em frente à PF nesta quarta

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Ausência sentida durante os dias em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, o ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner apareceu, pela primeira vez após o petista se entregar à Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (11), durante manifestação em frente à superintendência da corporação, em Curitiba (PR).

Antes disso, ele só havia gravado e divulgado um vídeo, em suas redes sociais, convocando a população para fazer uma vigília pela liberdade do ex-presidente. Wagner era apontado como plano B do PT na corrida presidencial, em caso de ausência de Lula, mas perdeu força depois que virou alvo da Lava Jato, em fevereiro.

Ele é acusado de receber R$ 82 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht, por meio do superfaturamento de contrato para reconstrução e gestão do estádio da Fonte Nova.

Depois de discursar aos acampados, Wagner avaliou negativamente o adiamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da ação que poderia rever a execução de prisões em segunda instância.

O relator do processo, ministro Marco Aurélio, adiou o julgamento por cinco dias, após pedido do autor da ação, o nanico PEN (Partido Ecológico Nacional).

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“É ruim, mas não tenho como interferir nisso. É da regra e o ministro Marco Aurélio é extremamente garantista”, afirmou. “Espero que em cinco dias votem”, disse ele, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Wagner não estava no ato antes da prisão de Lula em São Bernardo do Campo (SP), mas diz que houve um problema com o avião que iria ao local e que a ausência “não foi sinal de afastamento”.

Ele evitou apontar substitutos para Lula nas eleições, mas afirmou que “se vier a interdição [de Lula], acho que a gente já terá acumulado o suficiente para escolher alguém dentro ou fora do partido”, afirmou.

Segundo ele, a prisão de Lula é ruim para todos os partidos, de direita e esquerda. Comparou a situação com o golpe militar de 1964.

“Alguns podem estar torcendo e batendo palma para essa interdição por uma conta muito, na minha opinião, rasa, mesquinha e imediatista, de achar que a não presença do Lula na eleição ajuda eles. Mas hoje é um, amanhã é outro.”

Além de Wagner e Boulos, passou pelo acampamento outra pré-candidata a presidente de esquerda, Manuela D’Ávila (PC do B).

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