Diretor da Rodrimar é ouvido pela PF sobre documento com nome de Temer
Papel foi apreendido durante a operação Skala, que apura a suspeita de que agentes públicos favoreceram empresas do setor portuário com a publicação de um decreto assinado pelo presidente da República
Durante os mandados de busca e apreensão cumpridos por policiais federais na operação Skala foi encontrado, segundo o auto de apreensão, na sala do diretor comercial e de logística da Rodrimar, Willy Reginaldo Maxwell, um papel contendo nomes de várias empresas e pessoas físicas, incluindo o presidente da República, Michel Temer.
A ação, desencadeada no dia 29 de março, é decorrente de investigação que apura a suspeita de que agentes públicos favoreceram empresas do setor portuário com a publicação de um decreto assinado pelo presidente Temer, em maio do ano passado, o chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).
Maxwell foi ouvido pela delegada federal Patricia Klarosk, na última quinta-feira (5), e disse que “não tem ideia de por que o nome do presidente Michel Temer constar do papel”. Alegou, ainda, que sua sala fica localizada no “quarto andar, e que o papel foi arrecadado de uma mesa do setor de qualidade, no quinto andar”.
O diretor disse também, de acordo com informações do blog da Andreia Sadi, no portal G1, que “muitas vezes papéis antigos são feitos de rascunhos” e que, pelos nomes ali, acreditava que eram para algum evento antigo da empresa, porque dois deles eram de pessoas falecidas há pelo menos dez anos.
Durante a operação, foram presas temporariamente 13 pessoas, incluindo o advogado José Yunes, ex-assessor de Temer; o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da estatal Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) Wagner Rossi; o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco; a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário; e o coronel João Batista Lima, amigo do presidente.
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