Responsável pelos esquemas de propina do PSDB, é transferido para Penitenciária de Tremembé
O ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira Souza, foi transferido por volta das 23h de sexta-feira (6) para a penitenciária de Tremembé (SP), informou a Secretaria de Administração Presidiária de São Paulo. Ele é apontado como operador de propinas do PSDB no estado.
Foto: Blog do Roberto Gonçalves momento da prisão.
Paulo Preto, como é conhecido, é acusado de desvio de recursos públicos durante obras do governo tucano no estado de São Paulo entre os anos de 2009 e 2011, durante os governos de José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin. A Justiça Federal determinou a prisão preventiva e autorizou busca e apreensão em sua residência.
Inicialmente, o ex-diretor havia sido levado ao Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital paulista, na própria sexta-feira (6).
A denúncia foi feita após uma investigação iniciada no Ministério Público Estadual de São Paulo pelos desvios de apartamentos e de pagamentos de indenizações. Durante as investigações, a Promotoria da Suíça informou que Souza mantinha o equivalente a R$ 113 milhões em contas fora do Brasil.
Paulo Vieira de Souza foi diretor da estatal que administra as rodovias em São Paulo entre 2005 e 2010. Os procuradores pediram a quebra do sigilo bancário dele. Além de autorizar a suspensão do sigilo, a juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo, determinou o bloqueio dos eventuais saldos que existam nas contas dele no exterior.
Defesa
O advogado Daniel Bialski, que defende o ex-diretor da Dersa, disse que desconhece o motivo da prisão. Em nota, os advogados Bialski e José Roberto Santoro afirmam: “A defesa do engenheiro Paulo Vieira de Souza informa que a prisão do ex-diretor de Engenharia do Dersa nos governos Geraldo Alckmin e José Serra NÃO tem qualquer relação com a Lava Jato. Foi decretada no âmbito de processo sobre supostas irregularidades ocorridas em desapropriações para construção do Rodoanel Sul. No entendimento da defesa, trata-se de uma medida arbitária, sem fundamentos legais, além de desnecessária diante do perfil e da rotina do investigado, sempre à disposição da Justiça”.
Por: G1