Multas máximas podem ser aplicadas contra Anthony Garotinho por propaganda extemporânea
Anthony Garotinho / Rodrigo Silveira
Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) representou contra o ex-governador Anthony Garotinho por propaganda antecipada e utilização indevida de bem de uso comum. Em 28 de fevereiro, o pré-candidato realizou evento no Clube Municipal, na Tijuca, com faixas, bandeiras, músicas de campanha e pedidos de apoio, o que caracteriza propaganda eleitoral fora de época e em local vedado para esse fim, de acordo com a PRE. Como punição, a Procuradoria quer a condenação ao pagamento de multas em grau máximo (R$ 25 mil e R$ 8 mil).
Segundo a PRE, no local, havia uma grande quantidade de faixas e cartazes com conteúdo explicitamente eleitoral, contendo pedidos de retorno do ex-governador. A entrada de Garotinho no ambiente se deu ao som de jingles de campanhas passadas, acompanhada de quantidade expressiva de pedidos de votos, disfarçados em solicitações de “apoio”.
O evento foi realizado no Clube Municipal (Tijuca), bem de uso comum, o que é proibido pela Legislação (lei 9504/97), já que é vedada, nesses locais, a veiculação de propaganda de qualquer natureza.
— Os pedidos de apoio e de retorno do ex-governador demonstram a prática de propaganda eleitoral antecipada, conduta esta que desestabiliza o ambiente eleitoral ao criar uma situação de desigualdade entre aqueles que pretendam concorrer no próximo pleito — reforça a procuradora regional eleitoral auxiliar Adriana de Farias Pereira.
Propaganda eleitoral e bens de uso comum — O calendário eleitoral 2018 só autoriza propagandas a partir de 16 de agosto. Antes, estão proibidos a promoção pessoal e o pedido de votos. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, viadutos, pontes e paradas de ônibus, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, inclusive exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes e bonecos.
Fonte: Ascom-MPF
Por:Folha 1