Buarque: PPS não disputará eleição para não rachar candidaturas lúcidas
Segundo o senador, o partido não terá candidato próprio, mas quer encontrar um nome para apoiar
O Partido Popular Socialista (PPS) desistiu de concorrer à presidência da República por acreditar que o lançamento de vários nomes diminui a chance de uma candidatura responsável — e que traga esperança de um Brasil melhor —, chegar ao segundo turno. Por isso, procura um nome para apoiar. Foi o que informou o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), em discurso nesta quarta-feira (28).
“Há, hoje, um perigo no processo eleitoral porque há pulverização de candidaturas lúcidas, cuidadosas e moderadas — vejam que eu não usei a palavra centro. Essas candidaturas lúcidas, moderadas, responsáveis estão perdendo e estão quase impossibilitadas de ter um representante no segundo turno, pela pulverização”, disse.
Segundo o senador, o partido não terá candidato próprio, mas quer encontrar um nome para apoiar, já no primeiro turno, que traga qualidades da moderação e da responsabilidade, com esperança. Hoje, nos dois extremos que aparecem nos cenários da disputa em segundo turno, há nomes que ele considera “nostálgicos”, com um desenho de futuro para o Brasil que é antigo, seja do autoritarismo, seja do populismo. Por isso, o partido iniciou um movimento de diálogo com os candidatos que representariam essa moderação e o primeiro a ser ouvido será o pré-candidato do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Cristovam deseja saber qual proposta ele defende para o Brasil ofertar escolas de qualidade; para a saúde, para a previdência sustentável; para que a economia seja eficiente e que promova justiça social; e quais serão suas atitudes para diminuir a corrupção, que iniciativas proporia para evitar que um ladrão se infiltre em seu governo.
“Há uma diferença grande entre você ser uma oposição e você ser uma alternativa. Nós queremos uma alternativa. E esse diálogo é para saber até que ponto o candidato Geraldo Alckmin é capaz e desejoso de trazer para o Brasil uma proposta alternativa ao autoritarismo e ao populismo”, explicou.
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