F-1 começa temporada sem brasileiros pilotando pela primeira vez em 48 anos

Neste domingo (25), às 2h10 (de Brasília), quando os carros se alinharem para a largada, pela primeira vez em 48 anos não haverá brasileiros na disputa pelo título da principal categoria do automobilismo

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A ausência do verde e amarelo entre os torcedores de várias nacionalidades que chegam em Melbourne, na Austrália, para a primeira etapa da temporada 2018 da F-1 é algo que deve repetir ao longo de todos os 21 GPs deste ano.

Neste domingo (25), às 2h10 (de Brasília), quando os carros se alinharem para a largada, pela primeira vez em 48 anos não haverá brasileiros na disputa pelo título da principal categoria do automobilismo.

Desde a estreia de Emerson Fittipaldi na F-1, em 1970, o Brasil sempre teve pelo menos um piloto defendendo o país nas pistas. A sequência se manteve até o GP de Abu Dhabi do ano passado, quando Felipe Massa deu adeus à F-1 definitivamente, após ter adiado sua aposentadoria por um ano a pedido da equipe Williams, em 2016.

Além de Massa, outros 30 brasileiros correram na F-1 nesse período, sendo que três conquistaram o título do campeonato de pilotos.

O pioneiro foi Emerson Fittipaldi, vitorioso em 1972 e 1974. Ele foi seguido por Nelson Piquet, tricampeão (1981, 1983 e 1987), e Ayrton Senna, que chegou a ser o mais jovem tricampeão da F-1 (1988, 1990 e 1991), aos 31 anos –recorde quebrado em 2012 pelo alemão Sebastian Vettel, que tinha 25 anos.

Após a morte de Senna, em 1994, o entusiasmo do brasileiro pelo esporte perdeu força, mas o hábito de ficar ligado na TV aos domingos torcendo pelo país nas pistas permaneceu. Havia a esperança de que mais um título poderia ser conquistado por Rubens Barrichello ou, mais tarde, por Felipe Massa.

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Rubinho ficou com vice-campeonato em duas temporadas (2002 e 2004), quando corria pela Ferrari. A posição do brasileiro como o segundo piloto da escuderia italiana nunca lhe foi favorável. Nas duas ocasiões, perdeu o título para seu companheiro de equipe, Michael Schumacher.

Em 2008, a torcida do Brasil era por Felipe Massa, que, também pela Ferrari, teve chance real de conquistar o título. Ele chegou a liderar o campeonato, que foi decidido apenas na penúltima curva da última volta do GP do Brasil, em Interlagos -a última etapa daquele ano.

Apesar da vitória de Massa, Lewis Hamilton levou o campeonato por apenas um ponto, graças a uma ultrapassagem que o levou à quinta posição, conquistando, assim, os pontos necessários para tirar o título das mãos do brasileiro.

TORCIDA PERDE O GÁS

A participação do público brasileiro no GP da Austrália do ano passado era movida por Felipe Massa, que terminou a corrida em Albert Park em sexto lugar.

Era nítida a empolgação dos torcedores do país, que lotavam os pubs da cidade nos dias anteriores ao da corrida.

Hoje, quase não se vê torcedores do Brasil nas lojas temáticas da F-1 ou nos bares. Alguns brasileiros que vivem em Melbourne disseram à reportagem que não há motivo para ir ao GP, uma vez que não há por quem torcer.

A expectativa pela volta do Brasil à categoria está com o mineiro Sérgio Sette Camara Filho, filho do atual presidente do Atlético-MG, o advogado Sérgio Sette Câmara.

O piloto de 19 anos faz a pré-temporada da F-2, principal categoria de acesso à F-1, pela equipe britânica Carlin. No ano passado, ele se destacou na Copa do Mundo de F-3, em Macau, e despertou a atenção para um possível convite para a temporada 2019. Com informações da Folhapress.

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