Marina Silva compara vitória na eleição presidencial a milagre

Presidenciável da Rede também afirmou que foi 1ª vítima de fake news, no processo eleitoral de 2014

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A ex-senadora Marina Silva minimizou nesta quarta-feira (14) a crítica de que o partido fundado por ela, a Rede, teria dificuldade para governar o Brasil por ser novato e comparou eventual vitória sua na eleição presidencial a um milagre.

Em evento para assinar uma carta-compromisso com o movimento Acredito, em São Paulo, a presidenciável elogiou lideranças da sigla e reproduziu crítica que costuma ouvir: “A maioria [dos integrantes da Rede] são pessoas jovens, misturadas com pessoas experientes. ‘Ah, mas isso tem condição de governar o país?’ É um partido em movimento”, disse.

Marina afirmou acreditar que outras legendas não se furtariam a participar de uma gestão sua no Palácio do Planalto e repetiu o discurso de que convidaria quadros externos para os ministérios.

“Pessoas boas nós temos inclusive em outros partidos. Se elas não quiserem ajudar, paciência. Mas eu duvido que os homens e mulheres de bem, num momento histórico como este, se Deus e o povo brasileiro fazem um milagre e eu ganho… Olha, o problema não é governar. Teremos as melhores pessoas”, disse.

Marina alcança 13% das preferências em um cenário sem o nome do ex-presidente Lula (PT), na pesquisa Datafolha. Ela fica na segunda posição, atrás de Jair Bolsonaro (PSL).Terceira colocada na eleição de 2014, a ex-senadora afirmou que naquele ano foi vítima de mentiras para desconstrui-la. Seu entorno sempre atribuiu os ataques mais duros ao PT, antigo partido dela.

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“Inauguraram as fake news comigo, em 2014”, disse Marina. “Foi um processo avassalador de desconstrução, mas eu tenho um firme propósito. Eu estou de novo neste lugar, mas nós não vamos fazer desconstrução de ninguém.”

Os exemplos de notícias falsas, relatou, foram muitos. No Pará se falou que ela, por ser evangélica, acabaria com o Círio de Nazaré, grande festa católica local. Por ser amiga de Neca Setúbal, herdeira do banco Itaú, “eu ia cobrar 30% do cartão do Bolsa Família”, reproduziu a presidenciável.

Houve ainda, afirmou ela, boatos de que iria acabar com a Petrobras, com o programa Minha Casa, Minha Vida e com a ferrovia Transnordestina. “Não era uma candidata, era uma exterminadora do futuro”, brincou.

No momento em que a Rede enfrenta perda de parlamentares – dois deputados federais saíram no mês passado, o que pode levar à ausência da ex-senadora em debates na TV -, Marina intensificou conversas com grupos que apoiarão ou lançarão candidatos ao Congresso e que estão à procura de partidos para abrigá-los.

Ao assumir o compromisso com o Acredito, abrindo as portas para a filiação de membros do grupo, a líder partidária disse operar em bases diferentes das de outras agremiações.

“Eu não sou a dona do partido”, disse ela, após falar que políticos a procuram interessados em migrar para a Rede desde que tenham a garantia de que assumirão o controle de diretórios e de outras instâncias internas. “Eu digo: não tem como fazer isso.” Com informações da Folhapress.

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