Ao STF, Temer nega ter tido acesso a dado sigiloso de inquérito

Segundo Luís Roberto Barroso, advogados do presidente tiveram acesso a detalhes sigilosos da decisão que determinou a quebra do sigilo bancário do emedebista

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A defesa de Michel Temer negou, em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (7), ter tido acesso a informações sigilosas contidas da decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que determinou a quebra do sigilo bancário do presidente.

O caso se refere ao inquérito que trata do suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A, por meio da edição do chamado Decreto dos Portos, assinado pelo governo, em maio do ano passado.

“Os dados constantes nas petições protocoladas em 06 de março de 2018, quais sejam, somente os respectivos números de autuação, foram todos obtidos após pesquisas junto ao sítio eletrônico desse próprio C. Supremo Tribunal Federal, especificamente na seção que diz respeito ao Diário da Justiça Eletrônico”, diz trecho do documento assinado pelos advogados Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Brian Alves Prado.

Também hoje, Barroso reiterou que sua decisão era sigilosa. “[A quebra do sigilo bancário de Temer] É um procedimento sigiloso. As palavras perderam o sentido no Brasil”, disse o ministro.

Ele é o relator do caso no Supremo e determinou, nessa terça-feira (6), a abertura de investigação para apurar o vazamento de sua decisão, após a defesa do presidente pedir acesso à decisão. Com a medida, Barroso pretende descobrir como os advogados conseguiram chegar a detalhes do processo.

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