Phil Collins leva público de volta aos anos 1980 em show no Rio

Rei das FMs entrou no Maracanã com a célebre pontualidade britânica

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Contra todas as probabilidades, foram necessárias mais de três décadas até que Phil Collins, 67, o rei das baladas românticas dos anos 1980, viesse tocar para seus não poucos súditos brasileiros. E o que se viu na abertura de sua turnê nacional, no estádio do Maracanã, na noite desta quinta (22), foi um show que justificou a longa espera dos fãs, apesar de mostrar um artista muito longe de seu auge.

Entrando em cena com a célebre pontualidade britânica (às 21h30), amparando-se em uma bengala na mão esquerda – efeito de cirurgias de coluna e quadris-, Collins sentou-se num banco (no qual ficaria a noite toda) e saudou o público. “Obrigado por terem vindo. Vamos tocar algumas canções que esperemos que vocês gostem.”

Os primeiros acordes do piano de “Against all Odds”, um dos maiores hits do cantor, causaram comoção no estádio, além do inevitável enxame de celulares levantados para gravar a interpretação, que foi acompanhada pelo coro de boa parte dos 42 mil presentes.

A sequência com “Another Day in Paradise” manteve a excitação da plateia e deu a impressão de que seria uma noite só de sucessos, mas essa impressão logo se desfez com uma série de canções menos cotadas, como “Wake Up Call”, do último disco de composições próprias do inglês (“Testify”, 2002).

O repertório ainda incluiria três músicas do Genesis, banda em que Collins (então baterista e vocalista) tornou-se famoso: “Throwing it All Away” e as mais populares “Follow You Follow Me” e “Invisible Touch”.

Vestido todo de preto, o que ressaltava sua careca branca, o astro estava visivelmente limitado fisicamente, ainda que com sua voz em boa forma. Para dar à apresentação a movimentação que ele não tinha, Collins valeu-se de sua numerosa banda -que, entre músicos e vocais de apoio, chega a ter 14 pessoas no palco.

Entre os músicos, destacaram-se o guitarrista Daryl Stuermer (companheiro de Collins desde os tempos do Genesis) e o baterista Nicholas Collins, 16, filho do astro. Juntos, eles roubam a cena na climática “In the Air Tonight” e em canções mais animadas, como “Something Happened on the Way to Heaven”, na qual também brilham os metais -trompetes, trombone, sax.

Se a primeira metade do show é dominada pelas baladas -com momentos bonitos, como o dueto de Collins com a backing vocal Bridgette Bryant em “Separate Lives”-, a parte final vira festa, numa sequência que se inicia com a boa cover de “You Can’t Hurry Love” (das Supremes) e inclui hits como “Easy Lover”, antes de se encerrar com o Carnaval africano de “Sussudio”, marcada pelo baixo de Leland Sklar, um dos queridinhos da plateia, com sua longa barba branca.

Após uma hora e meia exata de show, Collins e sua trupe se despediram, voltando para um bis rápido com “Take me Home” -deixando de fora canções mais populares no Brasil, como “One More Night”, “Two Hearts” e “You’ll Be in My Heart”.O inglês segue agora para São Paulo, onde se apresenta no Allianz Parque neste sábado (24) e domingo (25), e encerra a turnê brasileira em Porto Alegre, na próxima terça (27), no Beira Rio.

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