Youssef presta depoimento a Moro em inquérito sobre sítio de Atibaia

O ex-executivo da Camargo Corrêa Dalton Avancini também será ouvido, nesta sexta-feira (16), por videoconferência

Resultado de imagem para Youssef

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância, ouve nesta sexta-feira (16), por videoconferência, o doleiro Alberto Youssef e o ex-executivo da Camargo Corrêa Dalton Avancini, no inquérito sobre o sítio de Atabaia, que investiga se o ex-presidente Lula recebeu propina por meio de obras na propriedade.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), a Odebrecht e a OAS pagaram reformas feitas no sítio, utilizado por Lula e pela família dele, com recursos desviados de contratos superfaturados da Petrobras.

Youssef e Avancini já estão na sede da Justiça Federal, em São Paulo, de acordo com informações do portal G1. O primeiro cumpre prisão domiciliar, na capital paulista, desde 2016. Ele já foi condenado em nove processos e soma penas que chegam a mais de 120 anos de prisão, por crimes como corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O empresário Augusto Ribeiro Mendonça também deveria prestar depoimento hoje, mas teve sua oitiva remarcada para a manhã da próxima sexta.

Na semana passada, o publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram ouvidos por Moro no mesmo inquérito. Na oportunidade, afirmaram que receberam recursos não contabilizados, ou seja, via caixa 2, em todas as campanhas que participaram, incluindo as do ex-presidente Lula e do PT.

Ao responder a questionamentos do representante do MPF na audiência, Mônica reafirmou que os recursos para o pagamento de seu trabalho nas campanhas eram entregues em mãos e por meio de depósitos no exterior. As transferências eram enviadas para uma conta que Santana tinha na Suíça, destinada a receber valores de caixa 2.

“Não existe campanha política no Brasil sem dinheiro não contabilizado, caixa 2. Não se faz. Se alguém disser que faz, não está falando a verdade”, disse Mônica.

Na campanha à reeleição de Lula em 2006, Mônica disse que os serviços dos maqueteiros custaram cerca de R$ 18 milhões, mas somente R$ 8 milhões foram pagos pelas vias oficiais.

Durante o depoimento, ela também afirmou que não tratava de questões financeiras de campanha com o ex-presidente Lula, mas com o ex-ministro Antônio Palocci. “Nunca falei de dinheiro com o presidente Lula”, afirmou.

João Santana também reafirmou que parte dos recursos da campanha foram pagos pela empreiteira Odebrecht, mas disse que não tinha conhecimento da suposta origem em contratos desviados da Petrobras, conforme denúncia do MPF. “Era um dinheiro que vinha da Odebrecht, como se fosse ajuda de campanha, ajuda política da Odebrecht”.

noticiasaominuto

Deixe uma resposta