O carnaval terminou mas não foi só no Rio e Bahia que houve confusão. Vejam o vídeo
Testemunhas relatam pânico e desespero durante confusão no Centro de Guarapari E.S.
A confusão entre a Polícia Militar (PM) e alguns jovens na madrugada desta terça-feira (13), no calçadão da Praia das Castanheiras, deixou muita gente assustada e algumas pessoas feridas pelos tiros de bala de borracha disparados pela PM. O tumulto ocorreu durante uma ação da polícia para reduzir o volume do som que estava sendo usado por algumas pessoas que se divertiam no local a teriam reagido a ordem dos PMs para reduzirem o volume do som.
Uma das vítimas é um jovem que prefere não ser identificado, e passava pelo local após trabalhar durante os desfiles. Ele não tinha nada a ver com o grupo que ouvia som alto e ainda foi agredido, enquanto tentava socorrer uma pessoa que estava passando mal. “Foram cenas de guerra proporcionadas pela Polícia Militar. Uma verdadeira selvageria. Vi crianças, idosos e deficientes extremamente apavorados e machucados. Eu e minha noiva nos abrigamos dentro de uma lanchonete e lá dentro tinha um rapaz passando muito mal. Ele já estava sem sinais vitais então resolvemos socorrê-lo, mas quando chegamos perto da polícia com o rapaz no colo nós fomos agredidos e insultados pelos policiais, eles omitiram o socorro da vítima deles mesmos”, relatou o jovem.
Jovem ficou ferida no braço e fez um desabafo nas redes sociais.
Uma outra moça também ficou ferida no braço e postou em sua rede social a sua revolta com a situação. “Tinha crianças, tinha famílias, tinha pessoas simplesmente querendo curtir em paz o carnaval. Quantas vezes eu defendi, mas dessa vez não dá! Eu senti na pele a falta de profissionalismo e humanidade enquanto estava perto da água tentando defender as mães e crianças que estavam lá perto”, disse ela. O Portal 27 tentou falar com ela, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno.
Som alto de bebida. .Um ambulante, que também prefere não ser identificado, relatou que no local havia cerca de 1.500 pessoas e confirmou que o som estava alto e havia muita bebida. Segundo ele, a PM realmente foi atacada por alguns jovens e revidou.
“A polícia foi lá para dispersar aquelas pessoas e jogou gás de pimenta a esmo no meio do povo. Após isso, as pessoas se revoltaram. O que começou a ofensiva da polícia foi que jogaram uma garrafa de vodka no carro do BME. Então eles começaram a atirar bomba de efeito moral e tiro de bala de borracha. O povo saiu correndo para cima das pedras e todo lado. Vi quatro pessoas feridas por bala de borracha e fora os que foram para as pedras”, disse o ambulante.
Ele acredita que se os policias não reagissem, seriam agredidos ainda mais. “Teve o excesso por parte da polícia, mas se eles não metessem bala iriam apanhar porque o povo se revoltou e começou a gritar que não iria embora enquanto eles estavam querendo fazer a festa acabar”.
Atitude Correta. Para o comandante do 10º Batalhão, Tenente Coronel Pessanha, a postura dos policiais envolvidos na ocorrência foi correta. “A força empregada foi a necessária, foi uma ação legítima, eficaz, feita com muita técnica para conter a injusta agressão que eles foram submetidos. Não temos relatos de policiais ou populares feridos”, afirma Pessanha.
O comandante ressaltou que as denúncias sobre o comportamento dos policias que forem registradas serão apuradas. As denúncias podem ser registradas na sede do 10º Batalhão ou no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Vitória. “Qualquer excesso que chegar para gente, qualquer denúncia, vai ser apurado com a maior lisura, como a Polícia Militar age normalmente”, conclui o tenente coronel Pessanha.