Temer chega a Roraima para discutir imigração em massa de venezuelanos
Presidente e ministros se reúnem com a governadora e autoridades locais para falar sobre intenso fluxo migratório de venezuelanos no estado. Prefeitura de Boa Vista estima que 40 mil venezuelanos estão vivendo na cidade.
Por Emily Costa, Inaê Brandão e Valéria Oliveira, G1 RR
O presidente Michel Temer chegou nesta segunda-feira (12) a Boa Vista para participar de uma reunião sobre a intensa imigração venezuelana para Roraima. Ele está acompanhado dos ministros Raul Jungman (Defesa), Torquarto Jardim (Justiça), Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência), e o general Sergio Etchegoyen (GSI).
A aeronave do presidente pousou na base aérea da cidade às 10h46 (hora local) e foi recebida pela governadora Suely Campos (PP) e pela prefeita de Boa Vista Teresa Surita (PMDB).
Depois, a comitiva seguiu direto para o Palácio Senador Hélio Campos, no Centro da cidade, onde ocorre, desde às 11h22, uma reunião a portas fechadas para tratar sobre o fluxo de venezuelanos para o estado. Após a discussão, Temer retornará ao Rio de Janeiro.
Participam da reunião com o presidente a governadora, a prefeita da capital, o senador Romero Jucá (PMDB), Juliano Torquato (PRB), prefeito de Pacaraima – cidade na fronteira -, deputados, secretários e demais autoridades locais.
A previsão é que o encontro dure 1h30. A crise migratória venezuelana é a principal pauta da reunião. A prefeitura de Boa Vista estima que já tenham 40 mil venezuelanos vivendo na capital.
Do lado de fora do palácio, manifestantes fazem um protesto contra a privatização do setor elétrico, reforma da previdência e demais privatizações propostas pelo governo federal. A organização diz que há 300 pessoas no ato. A Polícia Militar, que faz a segurança no local, não informou estimativa de participantes.
Os imigrantes venezuelanos que estão no estado fogem da fome, desemprego, hiperinflação e da instabilidade política no país governado por Nicolás Maduro. Três dos quatro abrigos do estado estão lotados, há milhares de venezuelanos em situação de rua e muitos dividindo casas alugadas.
Na última semana, duas dessas residências ocupadas por venezuelanas foram incendiadas. Cinco pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de 3 anos. No domingo (11), o guianense Gordon Fowler, de 42 anos, foi preso em flagrante suspeito dos ataques. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e ele foi mandado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
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