Russo dá calote de 100.000 dólares em espiões americanos, diz imprensa

Um russo que prometeu entregar programas para hackear roubados e informação comprometedora sobre o presidente Donald Trump roubou 100 mil dólares de espiões americanos em 2017, informou na sexta-feira (9) o jornal The New York Times.

Resultado de imagem para espiao

Em um relato digno de romances policiais, que inclui entregas secretas de dispositivos USB em um pequeno bar de Berlim e mensagens em código enviadas por meio do Twitter da Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês), agentes da CIA passaram boa parte de 2017 tentando recomprar do vendedor russo os programas roubados da NSA.

O vendedor, que não foi identificado e tinha vínculos tanto com hackers como com a Inteligência russa, tentou os espiões americanos com uma oferta para recomprarem os programas da NSA roubados e que foram colocados à venda on-line por um grupo chamado Shadow Brokers.

Alguns desses programas, desenvolvidos pela NSA para entrar em computadores dos rivais dos Estados Unidos, foram usados por outros hackers no ano passado, incluindo em um ataque de malware global em maio.

O vendedor, com quem entraram em contato através de uma cadeia de intermediários, queria um milhão de dólares.

Os 100 mil dólares, entregues em uma maleta em um hotel de Berlim, era um pagamento inicial dos agentes americanos, que duvidavam que o vendedor realmente tivesse o que prometia.

O vendedor também ofereceu aos agentes americanos materiais comprometedores sobre Trump, indicou o jornal, que cita funcionários da Inteligência da Europa e dos Estados Unidos.

Resultado de imagem para espionagem

A primeira entrega do russo foram programas para hackear que a Shadow Brokers já havia divulgado.

Ao fim, a negociação acabou no mês passado: o vendedor não forneceu nenhum dos materiais inéditos da NSA, enquanto as informações sobre Trump já eram conhecidas, ou carentes de credibilidade.

Os agentes americanos disseram ao russo que deixasse a Europa Ocidental e não retornasse, assinala o Times.

A história, que também foi informada pela revista on-line de temas de segurança nacional The Intercept, pinta um típico caso de espiões no qual os agentes americanos nunca estão certos de com quem estão lidando, ou se estão sendo enganados por seus pares russos.

As agências de Inteligência americana afirmam que a Rússia interferiu na campanha presidencial de 2016 para favorecer Trump, e que continua recorrendo à desinformação para criar confusão na política do país.

Segundo The Intercept, a operação causou divisões na CIA, comandada por Mike Pompeo, leal a Trump, embora muitos de seus integrantes estejam incomodados com os duros e reiterados comentários do presidente sobre o papel da comunidade de Inteligência na investigação sobre a ingerência russa.

yahoo

Deixe uma resposta