Senador ataca ideologia de gênero e aceitação de transexuais no esporte
Magno Malta (PR-ES) afirmou que 2018 será marcado pela luta da “maioria contra a minoria”
Na volta do recesso parlamentar, durante pronunciamento, o senador Magno Malta (PR-ES) avaliou que 2018 será marcado pela luta da “maioria contra a minoria”, entendendo que há uma série de ações em curso com o objetivo de vilipendiar os valores da família brasileira.
Ele destacou como uma vitória do movimento conservador em 2017 a retirada da proposta que inseria a ideologia de gênero na Base Nacional Comum Curricular, documento que define os temas essenciais na educação básica. As informações são da Agência Senado.
“Menino não nasce menino, menina não nasce menina, mas homossexual nasce homossexual? Ideologia de gênero não é nada”, afirmou.
Magno Malta acrescentou críticas a manifestações artísticas e de entretenimento que, em seu ponto de vista, incentivam o incesto e a pedofilia, e ofendem a religião.
No último mês de dezembro, o Santander Cultural foi punido e terá de realizar duas exposições sobre diversidade, por ter cancelado a mostra Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, em Porto Alegre (RS), após acusações de que as obras faziam apologia à pedofilia.
A determinação é parte de um termo de compromisso assinado pelo presidente da entidade, Marcos Madureira, com o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS).
De acordo com o MP, as obras da exposição encerrada 30 dias antes do previsto não faziam apologia a crime, nem ofendiam símbolos religiosos. “As obras que trouxeram maior revolta em postagens nas redes sociais não têm nenhuma apologia ou incentivo à pedofilia”, escreveu o procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), Enrico Rodrigues de Freitas.
Além disso, citando características físicas cientificamente distintas dos atletas, Magno Malta classificou como indevida a aceitação de transexuais em modalidades esportivas.
As declarações se referem à jogadora de vôlei Tifanny Pereira de Abreu, primeira transexual a entrar em quadra por uma partida oficial da Superliga, principal competição do esporte no Brasil.
Ela fez a cirurgia para mudança de sexo e, em 2017, recebeu a permissão da Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para competir em ligas femininas. Antes disso, no entanto, precisou comprovar que o nível de testosterona – hormônio masculino no corpo humano -, estava abaixo dos 10 nanogramas (ng), concentração média entre as mulheres. A de Tifanny é de 0,2 ng.
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