Vídeo: fiscais de renda e empresário são presos durante operação conjunta em Maceió
Oito pessoas foram presas durante o início da manhã desta quarta, em condomínios de luxo na Capital de Alagoas.
Uma grande força tarefa formada por mais de 60 agentes foi às ruas nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (31) para prender servidores públicos acusados de cobrar propina de empresários. A ação ocorreu em condomínios de alto padrão localizados na parte alta de Maceió e também na orla.
Veja vídeo da chegada do Batalhão Policial de Radiopatrulha (BPRp) a um dos endereços:
Pela “Operação Nicotina”, fase III, foram presos Edgar Sarmento Pereira Filho e João Antônio Pereira Ramos, ambos fiscais de renda. Este último, segundo o Ministério Público, é sócio dos restaurantes Parmegiano (em Maceió e Recife) e Sal e Brasa (Maceió).
Veja vídeo feito em uma das residências:
O nome desta operação, “Equis Viris”, é uma palavra em latim que, na língua portuguesa, significa “com unhas e dentes”. O termo faz referência à voracidade com que os agentes públicos exigiam dinheiro em troca de facilidades tributárias.
Isso evitava que ela pagasse os impostos à Sefaz do Rio de Janeiro. No entanto, apesar das notas fiscais emitidas por Alagoas, a mercadoria jamais saiu do Rio. Ou seja, as notas fiscais por Alagoas tinham saída, sem o pagamento do valor devido de tributo. Isso significa dizer que o imposto nem era pago lá, nem aqui.
“De fevereiro de 2017 até agora, somente da “Operação Nicotina”, o Gaesf já conseguiu recuperar cerca de 41 milhões de reais”, informou o promotor de justiça Cyro Blatter, coordenador do Grupo.
A ação é comandada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), composto pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícia Civil (PC/AL), com o apoio da Polícia Militar.
O TNH1 entrou em contato com as empresas citadas na reportagem para tentar ouvir a versão dos suspeitos, mas uma funcionária de uma das empresas informou que iria procurar a gerência para saber como se posicionar nesse caso.