Armas de fogo apreendidas em Roraima são oriundas da Venezuela, afirma Edison Prola

Comandante-geral da Polícia Militar em Roraima, coronel Edison Prola
 Durante entrevista concedida ao Roraima em Tempo, o comandante geral da Polícia Militar de Roraima (PMRR), coronel Edison Prola, revelou que armas de fogo apreendidas no estado são trazidas da Venezuela. A quantidade, segundo levantamento da PM, tem aumentado significante nos últimos anos.

“Nós tivemos um aumento bastante substancial em relação à apreensão de armas de fogo em Boa Vista. Em 2017, a cada dois dias e meio apreendemos uma arma. Então, temos mais de 157 armas apreendidas somente no ano anterior. Na semana passada, apreendemos quatro pistolas, sendo que um dia antes pegamos outra, inclusive, com carregador com capacidade de armazenar 50 munições”, disse.

Prola ressaltou que a polícia tem feito um trabalho de inteligência para evitar que o material ilícito chegue ao estado. “Temos a certeza de que essas armas estão entrando em Roraima, principalmente, pela Venezuela. Isso é um dado checado. Com a situação crítica do país vizinho, tivemos um comércio mais ‘farto’ na região de fronteira. Há muitos venezuelanos vendendo armas, até para sobreviver”, declarou.

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Foto:Roraima em Tempo

O comandante destacou que, com a chegada dos venezuelanos, aumentou muito a criminalidade no estado. Muitos deles estão envolvidos com furtos, roubos, arrombamentos e tráfico de drogas, como também com o comércio de arma. O interior de Roraima também tem sofrido com a violência.

“A prostituição, que até então não havia nas ruas em Boa Vista, passou a se ver. Essa situação também migrou para o interior do estado. Temos algumas vilas que já têm prostituição, como Samaúma, no município de Mucajaí, onde há fluxo de garimpeiro para a região Yanomami. Rorainópolis, também tem convivido com a questão da prostituição”, frisou.

Outro dado relevante informado é de que a cada dez ocorrências atendidas pela polícia militar, três são envolvendo venezuelanos, o que representa um incremento de 30% de crimes praticados pelos estrangeiros.

“Muitas ocorrências atendias pela polícia são brigas entre venezuelanos, inclusive, com uso de facas. Tem aumentado muito a questão da insegurança. Vários deles já foram recrutados por facções criminosas para atuar no tráfico de drogas. Eles acabam ingressando porque é um dinheiro ‘fácil’ e, devido à falta de emprego e perspectiva de sobreviver em Boa Vista, acabam indo para o crime”, lamentou.

ANDERSON SOARES

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