Irã informa que mais de mil pessoas foram presas em protestos no país

Por Agencia EFE

 

Manifestante participa de ato na Universidade de Teerã, no Irã, em imagem de 30 de dezembro (Foto: AP Photo/Arquivo)

Manifestante participa de ato na Universidade de Teerã, no Irã, em imagem de 30 de dezembro (Foto: AP Photo/Arquivo)

Apenas em Teerã, província onde fica a capital do país, 450 manifestantes foram presos, de acordo com o vice-governador da província, Ali Asgar Naserbajt.

O vice-promotor da cidade de Mashad, Hassan Heidari, informou que 138 pessoas foram presas. O comandante dos Guardiões da Revolução da província de Kerman, Golam Ali Abuhamze, disse que na cidade de mesmo nome há mais de 80 detidos.

Em Hamedan, no oeste do país, os presos superam 150, de acordo com o governador da província, Ali Toali.

Em várias cidades e províncias do país, as autoridades se militaram a falar que há “grupos” de detidos nos protestos.

O governo do Irã ameaçou hoje os manifestantes, afirmando que aqueles que participarem de protestos podem ser acusados de vários crimes, alguns deles punidos com a pena de morte.

“A cada dia que passe e as pessoas sejam detidas, aumentará seu crime e castigo e nós já não os consideramos manifestantes pelos seus direitos, mas como pessoas que querem prejudicar o regime”, disse hoje o presidente do Tribunal Revolucionário de Teerã, Musa Ghazanfarabadi, segundo a agência iraniano de notícias “Tasnim”.

Os detidos serão declarados culpados de diferentes delitos, entre os quais figuram “atentado contra a segurança nacional” e “inimizade com Deus”, ambos punidos com a pena de morte, esclareceu Ghazanfarabadi.

Pelo menos 21 pessoas morreram nos enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes antigovernamentais, cujos protestos começaram no último dia 28 de dezembro.

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Em 28 de dezembro, centenas de pessoas se manifestaram na segunda maior cidade do país, Mashhad (nordeste), contra a alta dos preços, contra o desemprego e contra o governo do presidente Hassan Rouhani.

G1

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