Morre aos 74 anos roqueiro francês Johnny Hallyday

Músico sofria de câncer no pulmão

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O músico francês Johnny Hallyday morreu na casa  onde vivia em Paris, para onde foi transferido após ter deixado uma clínica da capital francesa, onde esteve internado durante seis dias, segundo um comunicado divulgado pela mulher, Laeticia.

“Johnny Hallyday partiu. Escrevo estas palavras sem acreditar. (…) Ele nos deixou esta noite como venceu tudo ao longo da sua vida, com coragem e dignidade”, escreveu.

Jean-Philippe Léo Smet, verdadeiro nome do músico, nasceu em Paris, na França, em 1943. Filho da modelo Huguette Clerc e do artista belga Léon Smet, viveu em Londres com a tia e o marido dela, um artista de variedades, de quem “roubou” o nome artístico.

Conhecido como o “Elvis francês”, Hallyday era sempre comparado com o “rei”. Foi precisamente o tema “Loving You”, do seu ídolo Elvis Presley, que o levou a decidir que queria ser cantor e passou a tocar em casas noturnos.

Hallyday sofria com um câncer no pulmão, doença que anunciou publicamente em março deste ano. Nos últimos anos, teve uma saúde frágil, agravada pelos excessos com álcool, drogas e tabaco.

No dia 17 de novembro foi hospitalizado de urgência devido a uma insuficiência respiratória, tendo sido submetido a uma nova sessão de quimioterapia.

Obra

Johnny Hallyday publicou em 1960 o primeiro álbum, “Hello Johnny”. Um ano depois, fez o seu grande êxito discográfico, uma versão francesa de “Let’s Twist Again”, intitulada “Viens danser le twist”, que ganhou o disco de ouro.

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A partir de então, consolidou a sua popularidade, vertendo temas clássicos do rock para francês, e lançou álbuns como “Jeune Homme, Rivière… Ouvre ton Lit y Vie”.

Hallyday foi uma das maiores estrelas francesas, com uma carreira de mais de 50 anos e mais de 900 canções, com 100 milhões de discos vendidos.

Entre as suas músicas mais famosas estão: “Rester vivant”, “O Carole” ou “Noir c’est noir”, a versão francesa de “Black is black”, de Los Bravos. Também “Au Café de l’Avenir”, “Oh! ma jolie Sarah”, “Gabrielle”, “La fille de l’été dernier”, “Allumer le feu” ou os clássicos “Mystery Train” ou “Blue Suede Shoes”.

Nos shows dele também não faltavam hinos de gerações como “Requiem pour un fou”, “Ma gueule”, “L’Idole des jeunes”, “Que je t’aime”, a lírica “J’ai pleuré sur ma guitare” ou temas ‘pop’ como “Quelque chose de Tennessee”.

Entre as músicas ‘country’ destacou-se “De l’amour”. Dos últimos trabalhos figuram a balada “Seul” e “Le pénitencier”, uma canção emblemática da sua carreira, gravada em 1964, que é a adaptação francesa do tema ‘folk’ norte-americano “The House of the Rising Sun”, popularizado pelos The Animals. Com informações da Lusa.

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