2018 será o ano dos concursos públicos? Tudo indica que sim

Se 2016 e 2017 foram difíceis para os concurseiros de plantão, por causa da suspensão dos concursos, parece que 2018 será o ano para quem sonha com a carreira pública. No fim de outubro, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, declarou que os editais públicos estarão de volta, mas as vagas serão abertas na proporção de servidores que deixarem seus cargos. Afinal, devemos levar em conta o discurso do governo?

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De acordo com Paulo Estrella, diretor da Academia do Concurso, a volta da contratação de servidores é uma necessidade e não apenas um discurso político.

– O serviço público não pode parar de ser feito. Os órgãos estão começando a ficar deficitários. É preciso pessoal para que o serviço público continue sendo prestado. Não se falou em criação de novos postos e sim da ocupação de vagas que estão abertas. Isso é fundamental para a manutenção da máquina pública. Criou-se uma demanda reprimida que irá gerar uma série de concursos para o ano que vem – afirmou Paulo.

Com a promessa da volta dos editais público, o diretor acredita que a concorrência será maior, uma vez que o país ainda enfrenta os efeitos do desemprego.

– Com essa novidade (a volta dos concursos) as pessoas voltam a se animar. Afinal de contas não está fácil na iniciativa privada arrumar um emprego com salário digno. A vantagem da empregabilidade pública é que o candidato não precisa ter experiência anterior, ser indicado. Ele consegue a vaga por esforço próprio, não necessita de fatores que não estão em suas mãos.

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Apesar dos benefícios da carreira pública, Paulo alerta para o grande nível de dificuldade em obter o tão sonhado cargo, sobretudo se o candidato ainda não estiver se preparando.

– Agora, conforme os concursos voltam a aparecer, as pessoas voltam a estudar. O problema é que a intensidade desse estudo, para quem parou ou nem começou a estudar, será grande. Quem não parou de se preparar tem mais chances de conseguir a vaga, principalmente as que possuem salários mais altos, como a Receita Federal. No entanto, pessoas que começarem a estudar agora para concursos “menos pesados” também têm chances reais de conseguir a vaga.

Para reforçar a crença da abertura de processos seletivos públicos, Paulo relembra da possível Reforma da Previdência, que vai mexer diretamente com as regras de aposentadoria.

– Muita gente no serviço público já tem idade para se aposentar e eles não irão esperar a mudança de regra para pedir a aposentadoria. Isso vai provocar a redução de quantitativo de pessoal muito grande. Isso vai obrigar a recontratação de pessoal – defende o diretor

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E, embora o governo ainda não tenha oficializado para quais órgãos serão abertas as vagas, Paulo sinaliza para alguns setores que estão deficitários.

– Já há dois concursos confirmados, que são o do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) e o Ministério Público da União (MPU), que já tinha autorização para ser realizado. Quem tem pedido concurso com bastante insistência é a Polícia Federal (PF). Neste caso, a demanda é para delegados, peritos, agentes, escrivão, praticamente todos os cargos que a PF possui. A Polícia Federal está na mídia, tem uma função social importante no combate à corrupção. Isso deve estimular a liberação do concurso. Outro órgão com grande defasagem é a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Há expectativa também para a Receita Federal, Banco Central e Comissão de Valores Imobiliários – apostou o diretor.

fonte:pleno.news

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