U2 ainda quer salvar o mundo e manter sua própria relevância em ‘Songs of experience’; G1 ouviu
Após disco saudosista de 2014, Bono volta aos discursos sobre refugiados, amor e futuro do planeta. Banda também busca salvar seu próprio futuro ao unir o som de sempre a produção mais moderna.
Por Rodrigo Ortega, G1
“Songs of experience” tem aquele Bono que a gente conhece: discorrendo sobre grandes questões da humanidade. O U2 ainda quer salvar o mundo. Mas, além dos discursos, o som da banda deixa uma pergunta: o mundo ainda quer ser salvo pelo U2? A banda não foge do seu velho rock para estádios, mas dá um tapa na produção para tentar se manter atual.
Tem Auto-Tune à la Kanye West (“Love Is All We Have Left”), colagem com efeitos vocais à la Skrillex/Justin Bieber (“Love Is Bigger Than Anything in Its Way”), rock para pista de dança à la The Killers (“The Blackout”). De convidado, tem Kendrick Lamar em duas faixas (“Get Out of Your Own Way” e “American Soul”). Mas são elementos pontuais, para atrair o público geral sem espantar os antigos fãs.
É o caminho contrário de “Songs of innocence” (2014), disco anterior que apostava no saudosismo. Enquanto aquele era o disco “da infância”, este 14º álbum é sobre “maturidade”.
G1