Ele já estaria pondo as mangas de fora? “Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa”, diz Segóvia sobre caso Temer

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, afirmou, durante entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (20), após a sua posse, que haveria um “ponto de interrogação no imaginário” da população sobre o papel do presidente Michel Temer no crime de corrupção atribuído pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

"Uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa", diz Segóvia sobre caso Temer

“A gente acredita que, se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria de durar mais tempo porque uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessitaria para resolver se havia ou não crime, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção”, afirmou Segóvia, completando: “É um ponto de interrogação que fica hoje no imaginário popular brasileiro e que poderia ser respondido se a investigação tivesse mais tempo”, completou.

O diretor da PF afirmou ainda que alguns fatos da delação premiada da JBS precisam ser melhor explicados. “Quando acontece na quarta-feira o anúncio de toda a exposição na PGR o que se descobriu em seguida foi que a JBS havia ganhado muito dinheiro no mercado de capitais de maneira ilegal. Foram fatos que aconteceram e que talvez tenham que ser melhor explicados. E talvez seria bom, para que o Brasil inteiro soubesse, que houvesse uma transparência maior sobre como foi conduzida aquela investigação”, declarou, acrescentando: “Quem pôs esse deadline, que finalizou a investigação, foi a Procuradoria-Geral da República. Ela seria a melhor a explicar por que foi feito aquilo naquele momento e por que o senhor Joesley [Batista] sabia que ia acontecer para que ele conseguisse ganhar milhões no mercado de capitais”.

Fonte:jb

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