Enem 2017 começa neste domingo para 6,7 milhões de participantes
Primeiro dia terá redação, linguagens e ciências humanas. Desrespeito aos direitos humanos é alvo de disputa judicial entre Escola Sem Partido e governo.
Fim do Enem aos sábados. Começo de prova em dois domingos. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abre seus portões logo mais, às 12h (horário de Brasília), para 6,7 milhões de participantes que enfrentarão pela primeira vez a mais recente mudança no formato do exame.
A última alteração no modo de aplicação havia sido em 2009, quando a prova deixou de ser feita em um só dia com 63 questões.
Agora, nove edições depois da primeira reformulação, o Enem é a principal forma de acesso para vagas na rede pública de ensino superior, passando até mesmo a ser aceito pela Universidade de São Paulo (USP) e em 27 instituiçoes de Portugal. Para o Ministério da Educação (MEC), é a segunda maior prova do tipo no mundo, só perdendo para o gao kao, prova de admissão ao ensino superior da China , com 9 milhões de candidatos.
Veja abaixo o que muda, a polêmica e o essencial para a prova:
MUDANÇAS
A mudança nos dias e na ordem das disciplinas veio depois de uma consulta popular: o Enem passa a ser dividido em dois fins de semana consecutivos e terá, neste primeiro dia, a redação e 90 questões de linguagens e ciências humanas. (Os professores dizem que a estratégia dos alunos para resolver a prova também precisa mudar.)
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) também eliminou do exame a função de certificação do ensino médio, e ainda incluiu mudanças nos cadernos de prova, que passam a ter também os nomes dos candidatos para aumentar a segurança.
Foto: UOL Educação
DIREITOS HUMANOS
Se no ano passado a polêmica foi a ocupação de escolas que levou ao adiamento para 240 mil alunos, neste ano a questão envolve a redação. Uma decisão da Justiça Federal proíbe que seja automaticamente zerada a prova que tiver desrespeito aos direitos humanos. Entretanto, o autor também não vai conseguir tirar a nota máxima. A decisão é provisória e foi tomada em ação civil pública movida pela Associação Escola Sem Partido. Inep informou que vai recorrer. No Enem 2016, somente 0,08% das redações foram anuladas por desrespeito aos direitos humanos.
G1