Saiba em nome de quem está o avião interceptado a tiros pela Força Aérea com grande carga de cocaína na semana passada
Ele confessou hoje em entrevista a Veja, ser o proprietário do avião derrubado a tiros pela Força Aérea brasileira na semana passada transportando grande quantidade de cocaína. O seu nome é Jeison Souza, que emprestou seu nome para registrar a aeronave que já foi inclusive vendida por duas vezes sem que tenha sido transferida para outro nome. Confira a entrevista:
Fotos:Google
Você é o dono do avião que transportava cocaína?
Não. Hás uns dois ou três anos, um primo me pediu para fazer a documentação a pedido de um amigo dele. Eu assinei o contrato de compra. Mas o avião já foi vendido duas vezes.
Mas você conhecia esse amigo dele?
Não.
Por que aceitou assinar? Não teve receio de emprestar seu nome a um desconhecido?
Não, eu morava com esse meu primo, trabalhava com ele na garagem dele de vendas de carros e caminhões.
Se o avião já foi vendido por que ele ainda estava no seu nome?
Eu também não sabia que ainda estava em meu nome. Esse avião já foi vendido duas vezes. Quando saiu a notícia, telefonei para a pessoa que comprou o avião quando ele foi revendido e ele disse que tinha o contrato de compra e venda, mas não tinha conseguido pagar o documento da Infraero para transferir o avião de nome.
Como se chamam o atual dono para quem você telefonou o e o amigo para quem assinou assinou esse documento?
Prefiro não responder. Mas o segundo comprador, com quem já conversei, disse que eu poderia passar o telefone dele caso a Polícia Federal me procurasse.
A Polícia Federal te procurou?
Ainda não. Acho que se eles suspeitassem que eu estou envolvido com algo errado, já teriam vindo atrás de mim.
Você recebeu dinheiro por ter colocado o bimotor em seu nome?
Não.
Você se arrepende de ter emprestado o nome?
Não, porque não aconteceu nada comigo. Continuo trabalhando normalmente.
Já usou o avião?
Nunca nem o vi.
Fotos:Google
Seu nome completo é Jeison Moreira Souza, ele tem 26 anos, e nascido na pequena Santa Rosa do Viterbo, no interior de São Paulo. Há dez anos ele vive em Campo Grande (MS) e atualmente trabalha como instalador de telefones depois de tentar a vida como motorista de caminhões.
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