O líder do governo Fred Machado (PPS) chamou os colegas para um momento de união

As consequências da “venda do futuro” realizada ano passado pela então prefeita Rosinha Garotinho (PR) tomaram conta dos debates, nessa quarta-feira (28), na última sessão da Câmara dos Vereadores antes do recesso parlamentar, que tem início em 1º de julho. O líder do governo Fred Machado (PPS) chamou os colegas para um momento de união, independentemente das cores partidárias. “A gente sabe da dificuldade do município. O que a gente precisa é de união neste momento. Teremos que ter um lado: o da população de Campos”, afirmou.
Em um tom conciliador, Fred disse que somente com a união de todos pode ser possível reverter a situação — Todos sabem que foi suspensa a liminar que garantia a Campos pagar somente 10% do arrecadado com royalties e participação especial para quitar a dívida herdada da gestão Rosinha Garotinho pela “venda do futuro”. Nós vamos ter que fazer de tudo para que isso seja revertido, pois nossa cidade ficará em uma situação insustentável se isso acontecer. Então, neste momento, nós precisamos de união em prol da população de Campos. Eu quero solicitar isso a todos os nossos vereadores, pois fomos eleitos para lutar por Campos, mesmo tendo ideologias políticas diferentes, devemos ficar de um mesmo lado, que é ao lado da nossa população — disse.
Presidente do Legislativo, Marcão Gomes (Rede) informou que determinou à Procuradoria da Câmara que ingresse na Justiça contra a Caixa Econômica. De acordo com Marcão, a Câmara não pode aceitar que seja pago valor acima dos 10% aprovados ano passado no Legislativo. Para isso, já solicitou ao Executivo a cópia do contrato assinado pela gestão anterior da prefeita Rosinha com a Caixa Econômica.
O vereador Thiago Ferrugem (PR) também fez o pedido para que cópia do contrato seja encaminhada à Câmara para que se verifique o que foi aprovado pelo Legislativo e o que consta no contrato. Já Linda Mara afirmou que a prefeita Rosinha pegou o empréstimo porque era a única saída.
Sessão na Câmara de Campos
Moção de aplauso termina com Chequinho
Logo no início da sessão dessa quarta-feira, o vereador José Carlos (PSDC) apresentou moção de aplauso ao atleta Allif Gomes Barreto, campeão brasileiro de taekwondo. Porém, nas duas horas e meia seguintes, a moção foi debatida, com o assunto resvalando para o Esporte, a Fundação Municipal e seu presidente Raphael Thuin e até a operação Chequinho.
Os momentos de maiores desconfortos começaram quando a vereadora Linda Mara (PTC), ré na Chequinho, subiu à tribuna para dizer que vereadores que fizeram parte do governo Rosinha agora faziam várias críticas à gestão em que atuaram.
Jorginho Virgílio (PRP), Roberto Pinto (PTC) e Neném (PTB) falaram sobre suas participações no governo Rosinha e seus posteriores afastamentos. Líder do G5, da base do governo Rafael Diniz, Silvinho Martins, que fez parte do governo Rosinha, disse que não se envergonhava de ter participado e que trabalhou bem. Como resultado, foi eleito. E disse que, segundo a Justiça, Linda Mara foi eleita por meio de compra de votos.
Thiago Ferrugem (PR), também réu na Chequinho, disse que não tem vergonha de admitir que responde processo, mas que conseguirá demonstrar sua inocência.
Já Thiago, mas o Virgílio, outro réu na Chequinho, falou que não foi com ele, mas se alguém quiser “cutucá-lo” com o assunto, falará como cada um foi eleito. Linda Mara voltou à tribuna, falou de sua história e se desculpou com os colegas.
Os debates demoraram tanto que o homenageado foi embora antes da aprovação da moção.
Folha1

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