Esquema de informantes, coloca em risco inclusive, a vida de outros policiais
Rio – A Polícia Civil deflagrou na manhã desta segunda-feira a segunda fase da Operação Network, na qual investiga a venda de informações sigilosas por policiais civis à traficantes da Cidade de Deus, Vila Aliança, Cidade Alta e todo o Complexo da Maré. Segundo a investigação, os pagamentos variavam entre R$ 1.500 a R$ 11 mil semanais. De acordo com a polícia, 10 mandados de prisão estão sendo cumpridos e, até o momento, cinco pessoas ligadas ao esquema já foram presas, acusadas de lavagem de dinheiro.

Segundo a corregedoria da Polícia Civil, os policiais Renato Ville Cardoso e Carlos Augusto Farnochi informavam membros de facções criminosas, em especial ao Terceiro Comando, onde seriam realizadas operações da Delegacia de Combate à Droga (Decod). Ambos estão foragidos.
Delegado assistente da Decod, Vinícius Domingo destacou a eficácia do esquema: “É a maior rede de informações já desbaratada no Rio de Janeiro. Essa era uma estrutura muito sofisticada. Eles sabiam das operações e passavam as informações rapidamente para os traficantes daquela localidade. Isso além de evitar prisões e apreensões colocava em risco a vida dos policiais civis. Os bandidos ao invés de fugirem atacavam os policiais com material bélico”, disse.
Diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Marcelo Martins enfatizou que o trabalho para prender os criminosos e desfazer o esquema continuará sendo feito: “Doa a quem doer, vamos cortar na carne viva. Vai ser investigado, identificado e entregue à Justiça. Pessoas que agem assim são marginais com distintivo. O trabalho será feito”, afirmou.
Mais informações:O Dia