A suspensão do funcionamento do Restaurante Popular Romilton Bárbara pegou de surpresa funcionários e cidadãos que frequentam o local. O lugar, que fica localizado na rua Dr. Lacerda Sobrinho e contava com cerca de 50 funcionários, deixa de funcionar a partir desta sexta-feira (9) por tempo indeterminado, o que causou protestos.
A suspensão do funcionamento do Restaurante Popular Romilton Bárbara pegou de surpresa funcionários e cidadãos que frequentam o local. O lugar, que fica localizado na rua Dr. Lacerda Sobrinho e contava com cerca de 50 funcionários, deixa de funcionar a partir desta sexta-feira (9) por tempo indeterminado, o que causou protestos. Um dos motivos do fechamento, segundo a gestão municipal, é a falta de recursos financeiros da cidade. O município informou ainda que, com a suspensão, será avaliado um novo modelo dos serviços prestados pelo restaurante.
Em nota, a Prefeitura de Campos explicou que a medida visa reduzir o rombo nos cofres do município, deixado pelo governo passado. “Como já é de conhecimento público, a atual gestão vem tomando medidas que visam reduzir o déficit de cerca de R$ 35 milhões mensais. Readequações financeiras seguem sendo feitas, como o corte de mais de 500 cargos comissionados, revisão de contratos, redução de despesas e cortes em todos os setores. Se o déficit encontrado no início do ano chegou a ser de R$ 50 milhões, hoje, por conta de tais medidas, gira em torno dos R$ 35 milhões, mas as contas da prefeitura seguem fechando no vermelho. É importante destacar que não havia previsão orçamentária e muito menos um critério técnico de assistência social, pois o valor de R$ 1 é único para todos, o que não prioriza as pessoas que realmente necessitam deste serviço. Sendo assim, após avaliações técnicas e criteriosas, foi detectada a necessidade da suspensão para avaliação de um novo modelo dos serviços prestados pelo restaurante popular”, informou.
A gerente comercial da empresa JB, Cristiane Golin, que fornece serviços para o restaurante popular falou sobre a suspensão do funcionamento. “Recebemos ontem (quinta-feira) um ofício da Prefeitura notificando a suspensão dos serviços imediatamente. Mas hoje nós fornecemos os serviços porque já tínhamos um pré-preparo para hoje, além de pessoas que estavam esperando na fila, para elas não serem pegas de surpresa fornecemos comida hoje. Foi muito surpresa para agente essa suspensão”, explicou Cristiane.
O fechamento do restaurante causou protesto de algumas pessoas que dependem do serviço, como foi o caso de Eunice Marthins, de 72 anos. “Vivo com o dinheiro da aposentadoria, que vai quase todo para os remédios, então tomo café e almoço aqui todos os dias. Sem esse restaurante vou precisar mais ainda da ajuda da minha irmã, porque não tenho condições de me manter sozinha”, relatou a idosa.
O caminhoneiro Regilson Batista, mesmo sem depender das refeições do restaurante, montou um abaixo assinado para levar à Prefeitura e solicitar a continuidade do restaurante. “Quando o prefeito se elegeu, foi prometido por ele que não seria mexido nos programas sociais então, eu, em nome da população, recolhi algumas assinaturas para levar na câmera, porque queremos uma resposta”, relatou.
No local estiveram também a vereadora Linda Mara e o filho do ex-governador Anthony Garotinho,Wladimir Matheus.
Folha1
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