Maré não está para peixe e mar de Atafona avança assim como sua devastação

A triste contemplação da despedida do bar do Santana, se deu no dia 4 deste mês por conta do avanço e da fúria do mar, que vem destruindo tudo que encontra pela frente. Durante os últimos dez anos  ele funcionou no romântico pontal de Atafona em SJB. Porém, dias depois, oquê se podia ver, era outra situação. O devassador mar, parecia ter acalmado a sua fúria de acordo com aquilo que chamam de “ressaca”, segundo os pescadores. Mas ontem segunda-feira a fúria do indomável oceano voltou a deixar temerosos os moradores do local. A Defesa Civil foi acionada pela manhã e fez a retirada da areia que impedia o trabalho do frigorífico.
A moradora da antiga “Peixaria do Guri”, que até a semana passada residia ao lado do bar, foi retirada do local pelos familiares. Segundo a Defesa Civil, ela temia ir para um abrigo, oferecido pela Prefeitura, caso fosse necessária a remoção. Mas a equipe de monitoramento afirma que ainda não há risco de desabamento para nenhum outro imóvel.
  • Avanço do mar em Atafona

    Avanço do mar em Atafona

    Avanço do mar em Atafona

  • Fotos: Folha1
A preocupação com o novo cenário tem feito com que os movimentos em defesa da revitalização da orla de Atafona ganhem força. Além do “SOS Atafona” foi criado o grupo “Atafona não vai cair!”, que vai se reunir nesta quarta-feira (14), às 19h, na pousada Cassino, para tratar as iniciativas que serão traçadas na obtenção de apoio imediato para a trágica situação vivida no momento.
Paralelamente às tentativas dos movimentos sociais, a secretaria de Meio Ambiente realizou, no início desta semana, o plantio de ipomea nas dunas do trecho da avenida Atlântica, em Atafona, onde está sendo feito o trabalho de remoção com retorno ao mar da areia acumulada nas residências e ruas, resultado do processo de erosão costeira. A ação faz parte da programação oficial em comemoração à Semana do Meio Ambiente.
Obs: Ações mesmo que paliativas, deveriam ter sido feitas ao longo dos últimos anos para que não se chegasse a este ponto, que talvez seja tardio.

Deixe uma resposta