Rivais de Macron alertam que previsão de maioria esmagadora não interessa ao País
Não haverá espaço para debate no Parlamento e a democracia será sufocada se o presidente francês Emmanuel Macron vencer com a maioria parlamentar esmagadora que as pesquisas estão prevendo para este domingo (11), alertam seus rivais após o primeiro turno deste domingo. A eleição já está terminando.
“Não é saudável nem desejável para um presidente que obteve apenas 24 por cento dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais e que foi eleito no segundo turno pela rejeição à extrema-direita se beneficie de um monopólio na representação nacional”, disse o líder do partido Socialista, Jean-Christophe Cambadelis. O partido socialista, que nas eleiçoes de 2012 tinha 314 assentos, pode acabar com 30 ou até 20 deputados no total.
François Baroin, que fez campanha pelo partido conservador Os Republicanos, ecoou este sentimento, dizendo que o poder político não deve estar concentrado nas mãos de um partido. As previsões indicam que os conservadores franceses obterão entre 100 e 120 deputados, a metade de quanto eles tinham em 2012.
Marine Le Pen, a líder da Frente Nacional, partido de extrema-direita, considerou que a enorme taxa de abstenção é “preocupante”, após ter se qualificado para o segundo turno em 18 de junho, que determinará quantos assentos o partido realmente terá.
Respondendo às críticas, um importante membro do partido de Macron, “En Marche!”, disse que eles não passarão por cima das visões alternativas.
Fonte: G1